terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Em que devo investir?

Quando eu falo que invisto meu dinheiro, as pessoas sempre me pedem dicas, e eu sempre falo que depende. Vou tentar explicar aqui por quê.

Para você decidir como e no que vai investir (renda fixa, ações, imóveis etc.), você precisa primeiro ter clareza, e buscar assim a melhor solução, sobre o seguinte:

1. Seu objetivo financeiro

Pode ser qualquer um. Não tem resposta certa. Pode ser conquistar a independência financeira (que é o meu), parar de trabalhar e ir passar um ano pela Europa (o da Lud), comprar um apartamento ou um carro, fazer uma viagem, garantir a aposentadoria ou até mesmo ter certeza de que seu dinheirinho excedente não seja comido pela inflação.

Seu objetivo vai definir quanto tempo seu dinheiro vai ficar investido e isso vai afetar sua escolha. Por exemplo, se for menos de 2 anos, o CDB pode não ser uma boa, pois neste caso incide imposto de renda.

Se você tiver um prazo pouco flexível, pode não ser uma boa investimentos de baixa liquidez, isto é, que são demorados de vender, como um imóvel, por exemplo. Da mesma maneira, pode não ser bom comprar ações, pois o mercado oscila muito e pode ser que, na época que você vai precisar vender, as ações estejam em baixa, e você não vai poder esperar elas voltarem a valorizar, logo vai ter prejuízo.


2. Quanto dinheiro você tem, suas receitas e despesas


Isso vai definir o tanto que você pode investir e o tanto que pode arriscar. Na verdade, é isso que vai definir o seu perfil como investidor, e não se seu psicológico é conservador ou arrojado.


Por exemplo, se você tem 50 mil guardados, tem um salário de 4 mil e gasta mil por mês, você pode arriscar mais com seu dinheiro. Então seu perfil é arrojado. Se você tem as mesmas condições, mas gasta 3,5 mil reais por mês, seu perfil é mais conservador.

E ser arrojado não quer dizer que você vai perder dinheiro. Como diz meu namorado, ninguém quer perder dinheiro. Nem o Eike Batista, nem o Bill Gates. Ser arrojado é poder não se desesperar se a bolsa cair. E poder esperar ela voltar a subir, por exemplo.


3. O mercado

Leia, pesquise, estude. Escute tudo que todo mundo te falar, mas não acredite em nada. Pode parecer brincadeira, mas não é. Os conselhos do seu gerente do banco, do seu tio que ficou rico com imóveis, da sua prima que ganhou uma bolada com ações, do seu colega que fez um curso sobre a bolsa... Todos eles são impregnados de emoções e das crenças das pessoas. Nem sempre são verdade, e às vezes só foi verdade em um contexto muito específico.

Tome suas decisões se baseando em fatos e dados. Faça simulações com as taxas da poupança e do CDB. Leia o balanço e diversas análises das empresas das quais pretende comprar ações. Veja se a Selic está alta, se os imóveis estão com preços bom...

Estude, pesquise e se jogue. É divertido e muito útil (você ganha dinheiros!). E não é tão difícil quanto parece.

Um comentário:

  1. Concordo com você, é preciso pesquisar bastante. E estou certa de que renda variável não é para mim! Fiz um teste com um pequeno valor num fundo de ações e acho horríveeeel quando elas desvalorizam! Haja sangue frio!

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