sexta-feira, 19 de julho de 2013

Mas o que os outros vão pensar

Mas o que os outros vão pensar se eu começar a me desfazer dos objetos em excesso e repetir roupa nos eventos? Que eu fiquei doida? Que eu fiquei pobre? Que eu tô pagando promessa?

Como a gente vive em sociedade, e é normal se preocupar com a opinião alheia, a maior parte das pessoas quer ser admirada e querida pelos seus iguais, né?

Só que não podemos deixar a vontade de agradar ser obstáculo a mudanças que não prejudicam ninguém e só nos beneficiam. Eu sei, é difícil - ainda mais para as mulheres, que são educadas para fazer que os outros gostem dela. Mas vamos lá, coragem - a gente dá conta.

Principalmente se lembrarmos que...

1) as pessoas se ocupam dos outros, mas se preocupam mais consigo mesmas. Então, depois de um suspiro ou de um olhar de reprovação (que audácia você querer sair "do esquema" que todo mundo segue), elas vão cuidar dos seus próprios problemas, que obviamente são muito mais importantes (pra elas).

2) há quem se ocupe muito dos outros, é verdade. Mas geralmente é quem gosta de botar defeito em tudo. Se você parou de comprar, tá inventando moda; se compra, tá esbanjando. Se trabalha muito, é workaholic; se quer trabalhar menos, é preguiçosa. Então a gente pode largar mão.

3) às vezes a desaprovação vem do fato da pessoa ficar apavorada pela existência de um modo de vida diferente. Como assim, tem outro jeito de fazer as coisas? Ela se mata pra trocar de carro todo ano/ter o celular mais moderno/usar as últimas tendências e você não acha importante? Pra onde que esse mundo está indo, meu deus do céu?

Ao fim e ao cabo, no fim do dia a gente tem de prestar contas é pra si mesmo. Eu não quero que as palavras no meu epitáfio sejam "todo mundo achava que ela era um sucesso. Mas ela não era muito feliz, não."

8 comentários:

  1. Isso mesmo Lud, seja feliz vc n deve nada a ninguém, vc n ta prejudicando em nada o mundo,e nem as pessoas q vivem nele.Eu te sigo no outro blog , é incrivel como vc viaja p tantos lugares e n compra um monte de coisas,acho inspirador.

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  2. Mas você tá vivendo e 'fazendo a gente viver' um sabático junto com você com essas reflexões.
    Valeu!

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  3. Não importa a mínima o que vão pensar, eu cheguei a conclusão que ter muita coisa não resolve problemas, muito pelo contrário quando desapego com certeza alguém será beneficiado.Bjs Shirley.

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  4. Os anos vão passando e fica mais fácil pra lidar om essas cobranças. Eu me sinto mais segura e não tô nem aí mais.... na verdade, essa coisa de amadurecer é libertadora, né? E nada parece irritartanto certas pessoas como a felicidade alheia...

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  5. O que os outros pensam é problema deles. Esse é um dos meus lemas da vida.

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  6. É se preocupar com a opinião dos outros é normal mesmo, e nós meninas ficamos mais preocupadas ainda que os meninos, já que vivemos numa sociedade em que a aparência é valorizada. Quando eu me interessei pelo minimalismo comecei a enxergar além das aparências, e estou em processo de mudança e com isso a opinião alheia vai perdendo força. Acho que vamos ficando mais seguras.

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  7. Para fazer isso tive que me desapegar de muitas pessoas também, e não apenas de suas opiniões.
    Acho muito difícil me prender a um círculo social no qual não sou estimada simplesmente porque cultivo hábitos diferentes.

    Ótimo post!

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    1. Gente, sempre repito: como é bom ver ideia de "gente diferente"... Esse blog é sensacional! Estou tendo a mesma sensação de certa "exclusão", até voluntária... Na verdade, acho que é questão de amadurecimento mesmo, como a colega disse acima. Vamos percebendo que o custo de mudar para nos enquadrar na sociedade e sermos mais "pops" é muito alto para nossa felicidade... não vale. Ando me sentindo cada vez mais segura para seguir com meu jeito um pouco "diferente" de ser e pensar, que acaba afastando gente. Na verdade, o que acontece é que os papos não batem e parece que o convívio fica meio sem graça com certas pessoas. Não dá muita vontade de interagir (rs)... Não que eu não goste delas (e talvez elas também gostem de mim), mas parece que o convívio fica meio sem sentido... ainda mais quando paramos para pensar o quanto nosso tempo é escasso e o tanto de coisas boas podemos fazer com ele (post de hoje!) ...

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