segunda-feira, 14 de abril de 2014

Custo de oportunidade

Partindo do pressuposto de que recursos como tempo, dinheiro e espaço (entre diversos outros) são limitados, sempre que a gente escolhe fazer alguma coisa com eles, estamos deixando de fazer outras. A escassez de recursos é um dos principais motivos da existência da economia, e acredito que também do minimalismo.

Nesse sentido, ao fazer uma escolha, a gente sempre está abrindo mão de algo, e isso tem um custo, que é chamado na economia de custo de oportunidade.

Eu já vi em vários lugares, então não sei falar a fonte, a analogia do Tiger Woods e seu jardim para explicar esse conceito. Vamos lá:

Tiger Woods tem um jardim enorme na sua casa. Para cuidar dele, ele gastaria uma hora por dia. Só que, ao invés de cuidar do seu jardim, ele poderia estar gravando um comercial para a Nike e ganhando 10 mil dólares por ele. Ele poderia então contratar alguém para cuidar do seu jardim por 100 dólares, enquanto ele grava o comercial.


O exemplo é simplista e tem apenas fins didáticos, mas acho que fica claro o conceito de custo de oportunidade.

É bom lembrar que esse mesmo conceito pode ser aplicado não só a escolhas financeiras. Tudo que a gente escolhe fazer com nosso tempo, dinheiro e espaço, envolve deixar de fazer outras várias coisas com eles; por isso que acredito que a escolha deve ser feita com muita consciência.

Meu minimalismo é isso. É focar no essencial, abrindo mão daquilo que é supérfluo e desnecessário. Se eu tenho recursos finitos, quero usá-los da melhor maneira possível.

2 comentários:

  1. Acho que é importante aplicar esse conceito sobretudo ao recurso tempo já que sua finitude se dá quando menos esperamos e sem nenhum aviso prévio...

    O escritor Fabrício Carpinejar escreveu um texto onde diz que perder tempo (eu prefiro usar a palavra dedicar) com alguém é a maior demonstração de ternura que se pode dar. Eu concordo. Dedicar tempo é doar um pedaço da sua vida a outro. É algo muito profundo se pararmos pra refletir...

    Bela postagem Fernanda, parabéns!

    Peço licença pra deixar a referência ao texto do escritor citado:
    http://carpinejar.blogspot.com.br/2011/06/tempo-e-ternura.html

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    1. Concordo totalmente, Leonardo. E adorei o texto do Carpinejar! Muito bonito e muito acertado. Eu venho me debatendo com essa questão de dar objetos de presentes para os outros há algum tempo, e essa ideia de dar tempo é linda, faz muito mais sentido. Obrigada :)

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